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quarta-feira, 29 de maio de 2013

vai

Vai, menina. Desabotoa essa raiva, rasga essa angústia, berra tua indignação. Mas preserve seu coração deste veneno. Não intoxique seu sorriso com essa dor. Chore as lágrimas mais honestas que estiverem embargando tua voz, enrugando tua face, mas livre-se deste entrave.
Vai, menina. O mundo não magoou você, mas o egoísmo arranjou uma brecha para te atingir. Reposicione-se, retome suas forças, empurre este inverno para bem longe daqui.
Não vês que doer não é pecado? Mas abra espaço para respirar, você ainda pode dançar e crescer. Você ainda pode permanecer onde está ou desaparecer. Você pode fazer tudo o que for cura para tua tristeza, mas não a embrulhe nesta tua delicadeza.
Vai, menina, grite para o vento que já doeu demais, que você quer viver agora outro momento. Que você está pronta para receber a paz.

distancia

Depois de um tempo, a gente entende que não há distância para aqueles que se amam, contrariando o que dizem a quilometragem, a diferença de fuso, o tanto de afastamento dos olhos. Porque o olhar que importa é o olhar que ama, é o olhar que sente, é o olhar que abençoa, e esse olha de qualquer lugar. A gente entende que estar perto do corpo não significa necessariamente estar no coração. Porque para se estar no coração é preciso mais do que a presença física de olhos, ouvidos, toque, pele, voz. Para se estar no coração, adivinhe só: é preciso amor. E o amor é essa ponte que nos leva a qualquer destino de maneira instantânea.
É a facilidade do encontro, a beleza dele, o riso dele, a intimidade que é descanso, a história dele toda, que cria e mantêm proximidade, não é o corpo. O corpo é a casa querida e temporária, às vezes desejada, de quem a gente ama, mas não é quem a gente ama. E nós podemos estar longe da casa e desfrutar dos sentimentos que tudo o que ela abriga nos desperta, um jeito de estar lá. Sem poesia, um corpo não floresce diante do nosso olhar. A primavera que reconhecemos numa outra vida tem a ver com a primavera que acontece em nós quando a nossa emoção, de alguma forma, a encontra. Parece mágico e é também. Mas é afeto, sobretudo.
É claro que quando se ama, a gente quer estar perto fisicamente. Poucas coisas são tão prazerosas quanto apreciar ao vivo o sorriso bom de quem amamos, as diferentes maneiras de expressar com o corpo as mais variadas emoções. Acontece que, por uma fantástica capacidade do amor, nós conseguimos estar próximos mesmo quando não estamos. O sentimento não tem paredes, já notou? Quem tiver o coração todo desenhado com esquadro e compasso talvez não consiga entender. Para ver o que não está disponível do lado de fora, é preciso conseguir ver do lado de dentro. Esse, seja qual for a distância, é o olhar que faz toda diferença.
Na vizinhança dos vinte anos, um namorado me deu um livro lindo do Richard Bach, autor de “Fernão Capelo Gaivota”, intitulado “Longe é um lugar que não existe”. Um livro fino, pouco texto, e ao mesmo tempo grandioso. Num trecho, o autor faz uma indagação da qual nunca esqueci, algo mais ou menos assim: “(...) se você quer estar com alguém a quem ama, já não está lá?” A mente é capaz de coisas incríveis, mas, em geral, nós aprendemos a lidar com a vida de uma maneira muito restrita, muito aquém das possibilidades das quais potencialmente dispomos. Nós nos acostumamos a experimentar os nossos cinco abençoados sentidos como se tudo girasse em torno deles de forma exclusiva. Mas, depois de um tempo, depois de algum caminho percorrido, a gente começa a descobrir que não é só isso. Por mais distante que seja, nós podemos ir onde o sentimento nos levar. Podemos ir e sentir um conforto imenso ao encontrar o que está lá. Quem está lá.

Ana Jácomo


segunda-feira, 20 de maio de 2013

sabe


Fé, força e foco

Já vivi dias de tédio, de medo, de sorrisos e de flores. Já tive que me afogar no travesseiro pra ninguém perceber as minhas lágrimas que, de tão teimosas, caiam sem pedir licença. Corri com medo de não chegar a tempo na aula, em casa e na vida. Já tive vontade de sumir porque achava que os problemas eram demais pra mim, que a saudade era tamanha que eu jamais conseguiria me livrar dela e ser feliz de verdade. Mas ainda bem que eu estava enganada. Ainda bem. Tenho me tornado uma mulher forte, por necessidade, eu admito, e tenho percebido que por mais longa e doída que seja a minha angústia, ela passa e me ensina a juntar novas forças e encarar os amanhãs. Tenho crescido e percebido como é importante sonhar mas com os pés no chão. Porque o tempo dos contos de fadas já se foi, a coleção de figurinhas coloridas também e a vida cobra de mim - mais do que eu esperava. E, mais do que nunca, eu sei que mesmo me despedaçando as vezes, preciso me reintegrar pra me tornar completa.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Obrigada

"...Eu tive e continuo a ter pessoas que me deram a mão e nunca a soltaram, que percorreram esse caminho comigo - ainda que só por um tempo - mas só fizeram somar na minha vida."
Algumas no passado, outras continuam comigo a anos, guardadas no coração, na memória, na divida de gratidão, anjos em forma de seres humanos que nem me conheciam, alguns que praticamente viveram a minha dor, alguns que a tiraram daqui de dentro do peito, que choraram riram e ao meu lado me ajudaram a superar o que a vida ou as circunstâncias imporão. Todos direta ou indiretamente me ajudaram a ser o que sou.O meu carinho e o meu amor à vcs anjos da minha vida, amigos, e amores.Não poderia dar nomes aos ANJOS pois são muitos, mas sei que estou guardada no coração de tds.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Pira


Mundo


Mente e corpo


Déorah Lima

Descubro o que é ser forte lutando contra meus próprios desejos e criando antídotos para meus próprios venenos. Sabotando minhas vontades malucas. Silenciando minha insanidade. Inventando um lado racional mandão, que briga constantemente com meu lado emocional fraquinho. [...] Então, quando o dia vai nascendo, faço uma análise minuciosa dos meus atos falhos e de quantas vezes durante aquele dia eu encarei o abismo por falta de amor-próprio, e em tudo o que não devo repetir hoje. Me sinto forte a partir daí, por resistir aos contrários sem me perder, sem perder a memória e esquecer quem sou.W quem me conhece sabe bem, o quanto sou 360, em amor, em carinho, em amizade, e agradecimento, em lutar pela minha verdade.
Déh Lima*

Deus

"Hoje inevitavelmente o refletir me invade. E não encontro a perfeição como meta ou trajetória de vida mas também não coleciono derrotas. Vejo expostos e pesados na balança um amor que é todo meu, uma família que merece o título, amigos de mais de uma década, um diploma, um lar, fotografias que revelam e eternizam bons momentos vividos, saúde, força e bençãos que, como presentes, Deus me dá e renova diariamente."

Sempre





 A vida nos ensina, com milhões de tombos diários, que se encolher diante da dor e do medo não nos salva. É preciso alongar a coragem e deixar o peito aberto, nada é mais forte do que a sua fé de que as coisas podem dar certo.




sábado, 4 de maio de 2013

Perecível

Só acho que as pessoas deveriam se preocupar mais com as coisas de dentro. O que tá fora, meu amigo, é completamente perecível.

Continue

A vida te dá uma rasteira e você jura que é a última vez que vai acreditar nas pessoas; que dali para frente fará tudo de outro jeito e nunca mais vai cair numa nova armadilha. A gente promete estas coisas e a única coisa que consegue é ficar um bocado mais frio e ranzinza. Além disso, sozinho.
Deixar de acreditar na vida e nas pessoas por conta de um tombo apenas afasta ainda mais a chance de felicidade. Isso não significa que acreditar novamente vai evitar novas rasteiras. A vida é assim mesmo, cabe a nós aceitar as surpresas que vierem, porque nem todas serão ruins. Continue a acreditar ;)